Segundo dados divulgados pela ABIMAQ, entidade que reúne os produtores de máquinas e equipamentos no Brasil, houve crescimento no mês de março de 5,9% em relação a fevereiro. E na relação com março do ano passado, a situação ficou praticamente estável com uma queda mínima de 0,6%. Com este movimento o setor encerrou o primeiro trimestre do ano, acumulando queda de 4,6% na receita total. Contribuiu para esta queda a piora nas vendas de máquinas e equipamentos no mercado doméstico. A exportação, por outro lado, vem ajudando a amortecer a queda no período e vem se mostrando como o carro chefe nas vendas do setor.
As exportações no primeiro trimestre como foi dito acima, acumularam crescimento de 17,8%, quando medidas em R$. Em unidades físicas o crescimento foi de 14%.
Entretanto as vendas de produção nacional direcionadas para o mercado interno, encolheram 10,3% no trimestre, mesmo tendo registrado crescimento agora em março.
As exportações foram a mola impulsionadora do setor pois passaram no total de vendas de máquinas e equipamentos deste ano de 20,2% no primeiro trimestre de 2022 para 24,9% no mesmo período de 2023.
No mês de março de 2023 as exportações de máquinas e equipamentos superaram mais uma vez a marca do US$ 1 bilhão. O setor registrou crescimento de 16% em relação ao mês de fev23 e de 24,2% em relação ao mesmo mês de 2022. O primeiro trimestre de 2022, as exportações foram, em média, de US$ 870 milhões ao mês. A partir do segundo trimestre subiram para pouco mais de US$ 1 bilhão. Neste último mês de março, houve novo avanço, quando então o setor superou as expectativas e atingiu o montante de US$ 1,25 bilhão.
A maior parte das exportações foi direcionada para a América do Sul – 35,8% do total de máquinas e equipamentos exportado pelo país. A América do Norte consumiu, no primeiro trimestre do ano, 33,4% das exportações e a Europa 13,8%.
Outro bom resultado foi o consumo aparente nacional de máquinas e equipamentos, que é o resultado da soma da aquisição de bens produzidos localmente com os importados, e que apresentou crescimento de 6,5% ante o mês de fevereiro, mas 1,4% abaixo do resultado observado em março de 2022.
O nível de utilização voltou a ocupar 78% da sua capacidade instalada nos últimos dois meses e o número de semanas necessário para atendimento da carteira de pedidos recuou para 10,7 a quarta queda consecutiva observada.
Fonte Abimaq